terça-feira, 2 de setembro de 2008

Sempre

terça-feira, 2 de setembro de 2008
Sempre, desde muito cedo, sinto uma vontade dilacerante de crescer e, como se diz, 'desaparecer'.
Mas agora que tudo está mais em frente aos meus olhos não sei o que fazer.
Lembro-me bem do antes... do que passou diante minha vida e eu sempre falava ' Porra, quero crescer logo ' e sempre fazia uma lista de mil e uma coisas que eu gostaria de fazer quando fosse enfim, "grande". Então surgiu uma menina: que começou a ler livros com 09 anos de idade sem gostar nem um pouco de leitura... que com certeza preferiria estar na rua como os outros brincando junto com seus pais e irmãos.
Mas não, ela não tinha irmãos. Então começou a dedicar-se de certa forma aos livros e assim, suprir um vácuo existente em si. Escolheu ser diferente, por que nela existia uma vontade enorme de fazer o que os adultos faziam. Na escola, era uma menininha descolada de 10/11 anos que queria aparecer acima de tudo... que queria mostrar aos outros o que era e o que não era também, mas que no fundo não sabia de nada e nem tinha idéia do quão vasto seria a vida, a sua vida. A menina acabou fazendo tudo errado desde o início. Brincou de crescer e a brincadeira virou rotina. Ela fez 12, 13, 14 anos, com os mesmos amigos, no mesmo ciclo vicioso que tudo havia se tornado. Ela então comprou diários, que sempre eram trancados as setes chaves porque neles haviam os nomes dos seus amantes.Depois trocou os diários por uma escola nova. Onde não conhecia ninguém, onde não tinha fama com os amigos... pior, não tinha amigos. Os de outrora estavam em preto e branco na sua cabeça. Entrou enfim, numa paz. Numa paz que ela não conhecia... num mundo do qual ela era espectadora cega. Os anos passaram-se e tudo foi mudando. Ela foi sendo moldada, talvez remoldada. Mudou sem ver.... mas depois de 4 anos ela não era mais uma espectadora cega naquele meio. Ela era, junto com tantos outros, a protagonista. Conheceu amigos que ficarão para a vida toda dentro do coração. [...]

Hoje, eu estou aqui. Já não sei como mudei tanto. Como minhas ações mudaram, como os sentimentos se tornaram uma clareza total, como o coração parou de ser frio e punk. O__O'
A certeza é que esse lugar que eu vou deixar esse ano vai ser sempre a minha paz e a minha melhor mudança. Foi a melhor coisa que me concederam.
Depois não sei mais o que irei fazer. Talvez faça faculdade, talvez não; Talvez tenha um restaurante, talvez não; Talvez tenha um filho, um marido, uma casa e um cachorro fazendo xixi no jardim, talvez não; Talvez vá embora pra outra cidade por uma loucura, talvez não...
Não sei o dia de amanhã.

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