domingo, 13 de novembro de 2011

Coitado do amor...

domingo, 13 de novembro de 2011
"Uma mulher infeliz por ter amor de menos, outra, infeliz por ter amor demais, e o amor injustamente crucificado por ambas. Coitado do amor, é sempre acusado de provocar dor, quando deveria ser reverenciado simplesmente por ter acontecido em nossa vida, mesmo que sua passagem tenha sido breve. E se não foi, se permaneceu em nossa vida, aí é o luxo supremo. Qualquer amor merece nossa total indulgência, porque quem costuma estragar tudo, caríssimos, não é ele, somos nós."



| Martha ♥

domingo, 11 de setembro de 2011

Poeira...

domingo, 11 de setembro de 2011

Deu a partida e enveredou pelos barrancos em direção à casa da Morocha. Alto do chão.
- El hermano de Tonico? - ela perguntou, oferecendo a cuja de mate novo, dente de ouro na frente. - Entonces, eres tu? Bién que él me tenha hablado, muy guapo.
Os anéis cintilaram quando ela abriu a porta para que ele penetrasse no interior enfumaçado. Já estavam lá, ou chegariam depois, não lembrava, o Caramujo, o Pancho, o Bira e talvez um ou outro daqueles bagaceiras todos que tinham tocado em Beatriz. Não falou com ninguém. Sentou sozinho numa mesa, pediu um maço de Hudson com ponta, uma cerveja. Antes que pedisse a segunda, uma loira meio velha, olhos verdes e falha num dente, pediu licença para sentar com ele. Usava saia justa de veludo de cor viva, de que nunca mais conseguiu lembrar a cor exata, embora tivesse certeza de que não era verde-musgo nem azul-marinho.
Na manhã seguinte, quando Toninho aos berros finalmente conseguiu acordá-lo, lembrava apenas de ter pedido para ouvir O Destino Desfolhou, depois de uma vomitada espetacular bem no meio da sala. Mais que tudo, das pernas escancaradas de uma loira meio velha numa cama de lençóis com cheiro estranho. O resto, névoa opaca, gosto de palha na boca.
Hoje - tantos anos depois, neurônios arrebentados de álcool, drogas, insônia, rejeições, e a memória trapaceia, mesmo com a atenção voltada inteira para o centro seco daquilo que era denso e foi-se dispersando aos poucos, como se perdem o tempo e as emoções, poeira varrida, por mais esforços que faça, plena madrugada, sede familiar, telefone - mudo - não consegue lembrar de quase mais nada além disto tudo que tentou ser dito sobre Beatriz ou ele mesmo ou aquilo que agora chama, com carinho e amargura, de: Aquele Tempo.
Temp
o, faz tanto tempo, repetem - esquece. Continuam a dizer coisas que ele não entende.


do livro: Os Dragões não conhecem o paraíso.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Eu grito!

segunda-feira, 11 de julho de 2011




"Porque há o direito ao grito. Então eu grito."






|Clarice Lispector

domingo, 10 de julho de 2011

Alegria!

domingo, 10 de julho de 2011




"A alegria passa por cima de qualquer situação e o bom humor nos ensina a não dar aos acontecimentos infelizes maior importância que eles tenham!"


|Chico Xavier

sábado, 18 de junho de 2011

Aprender a amar

sábado, 18 de junho de 2011


Os ventos que as vezes tiram algo que amamos, são os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar... Por isso não devemos chorar pelo que nos foi tirado e sim, aprender a amar o que nos foi dado.Pois tudo aquilo que é realmente nosso, nunca se vai para sempre."


|Bob Marley

Recomeçar..




Em alguns momentos, eu a decepcionarei, em outros você me frustrará, mas, se tivermos coragem para reconhecer nossos erros, habilidade para sonharmos juntos e capacidade para chorarmos e recomeçarmos tudo de novo tantas vezes quantas forem necessárias, então nosso amor será imortal.



|Augusto Cury

Começar...


O começo sempre será difícil. Conhecer o novo, sair da zona de conforto e de segurança. Ir além, ir após. Começar é uma tortura para chegar em algo que será extramente ótimo ou não. Começar é dar o primeiro passo, não vacilar. Começar é abrir a janela de manhã, respirar bem fundo e saber que daqui meio minuto os abençoados problemas do dia irão surgir. Começar é trocar o pão pelo biscoito, o frito pelo assado, descobrir o gosto da rúcula aos 23. Começar é saber que cebolas são disfarces para quem tem vergonha do choro, e que as piadas sem graça é a desculpa de quem a tem como o único motivo para o riso. Amores virão depois das paixões, palavras certas sempre virão depois das erradas, a resposta certa virá quando o ato errado foi cometido, televisões novas estragam e garantias são perda de tempo, o telefonema mais esperado irá chegar enquanto estamos tomando banho com o rádio no último volume, as cartas não chegam, nem os e-mails, nem a esperança, as taças caras quebram como os copos de extrato de tomate, analfabetos ganham o país e poemas de Alice Ruiz passam sem aclamação. Começar pode ser aos 17. Pode ser aos 30. Pode ser aos 85. Começar pode ser ao som de Marvin Gaye ou no apaixonar de Chico. Debaixo de uma mangueira, debaixo de uma chuva torrencial. Começar em Porto Alegre, pousar em Curitiba, recomeçar na Avenida Paulista, dormir no braços de Cristo e "passar uma tarde em Itapuã, ao sol que arde em Itapuã, ouvindo o mar de Itapuã...". Começar é de repente perceber que já se está na metade do caminho. Começar é dar mais valor ao tempo que temos e descobrir como é uma tortura o tempo que não temos. Começar é dar possibilidade de que alguma coisa aconteça aqui ou em Amsterdã. O beijo é o começo do amor. O amor é o começo do plano. O plano é o começo do caos. O caos é o começo da família. A família é o começo dos herdeiros. Os herdeiros são o começo do futuro. E o futuro já não é mais tão perto e nem tão para a gente. O futuro, aparentemente é o fim que nos espera. Espera para começar.


|Cáh Morandi

•••


Há tempos estou vivendo uma estória-deamor-impossível que rebenta a saúde: sei que não dá pé de jeito nenhum e não consigo me libertar.


| Caio F.

terça-feira, 10 de maio de 2011

...

terça-feira, 10 de maio de 2011

[...] “Eu entendo você, mas não alivio. Está tão acostumada a mergulhar em seu sofrimento, que perdeu o lugar onde dói. Talvez o que doa esteja fora e você nem reparou.”


|Fabrício Carpinejar

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Intimidade...

quinta-feira, 5 de maio de 2011

"Intimidade é quando a vida da gente relaxa diante de outra vida e respira macio. Não há porque se defender de coisa alguma nem porque se esforçar para o que quer que seja. O coração pode espalhar os seus brinquedos. Cantar a música que cada instante compõe. Bordar cada encontro com as linhas do seu próprio novelo. Contar as paisagens que vê enquanto cria o caminho. Andar descalço, sem medo de ferir os pés."



|Ana

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Até encontrar alguém que me veja...

segunda-feira, 2 de maio de 2011


Hoje me vejo procurando um novo caminho e sei que será longa a estrada. Até encontrar quem perceba que a minha urgência nada mais é do que a urgência de ter calma. Até encontrar quem realmente me veja.



| Cris Guerra

Desistir, jamais.



“Desistir? Eu já pensei seriamente nisso, mas nunca me levei realmente a sério. É que tem mais chão nos meus olhos do que cansaço nas minhas pernas, mais esperança nos meus passos do que tristeza nos meus ombros, mas estrada no meu coração do que medo na minha cabeça.”


|Cora Coralina

A realidade...



“A realidade é um bêbado jogado no chão, até que alguém bata na minha porta e prove o contrário.
É a unha que descascou logo que você saiu do salão, toda feliz. É o barulho [insuportável] do telefone quando está descarregado.
A realidade irrita.
Irrita porque está ali na sua cara e muitas vezes você não quer ver ou vê coisas que não condizem com a sua concepção de realidade. Porque querendo ou não, a realidade é carne crua.
Tem dias que eu visto minha fantasia de otária. Não é nada além de um kit composto de um sorriso de largura 7 cm e um olhar como se alguém tivesse jogado um tubinho de purpurina em você. Aquela coisa meio.. ãmn.. hiperbolicamente brilhante. E quer saber? É uma merda. Dá vontade de mandar meia dúzia de gente tomar no cu e correr pra casa chorando, se trancar no quarto pra tomar um toddy e jogar nintendo até ficar vesga. Isso de escolher qual cara eu vou vestir hoje fode com tudo. Sempre.
Entenda. Pego ônibus as sete e dez e digo olá-árvores. Olá-pássaros. Olá-universitário-que-não-lavou-o-rosto-… E por aí vai, aquele jogo de sorrisos. O dia todo. Todos os dias.
O ônibus que eu pego está sempre lotado de seres que moram em um mundo onde aparentemente não se vende desodorante. A escola está numa velocidade dez quilômetros por ano. Minha sobrancelha está mal feita.
É, eu confesso que não é exatamente a realidade que eu esperava encontrar.
[A realidade que eu mais gosto está longe, bem longe. Eu e você, pãezinhos com requeijão, lençol bagunçado sobre a cama, luz entrando pela janela, coca-cola com gelo e limão.]
Talvez isso mude. Talvez você entre na minha vida sem tocar a campainha e me seqüestre de uma vez. Talvez você pule esses três ou quatro muros que nos separam e segure a minha mão, assim, ofegante, pra nunca mais soltar. Talvez você ainda possa pular no rio e me salvar.
Ou talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor.
Porque no fundo eu sei que a realidade que eu sonhava afundou num copo de cachaça e virou utopia.”


|Caio Abreu

Colorindo...



“Eu sempre digo que eu posso ter uma solidão medonha,
mas sempre vai haver um vasinho de flores num canto.
A gente pode enfeitar a amargura
.”

|Caio

...


"Me perguntam, assim, o que tu achas de tal coisa. Pô, eu não sei o que eu acho. Na hora eu acho uma coisa, meia hora depois eu posso achar outra. Eu não tenho opinião definida sobre nada. Não acho que isso seja insegurança. Acho que é abertura, acho que tudo é passível de uma outra interpretação." (...)


|Caio

She...


Ela é assim um mix de tudo que se possa imaginar dentro de uma grande capacidade de apenas não ser nada em definitivo. Ela é aquilo que não consegue se encaixar em moldes pré-existentes, parece que ninguém nunca foi antes dela. Ela se incomoda com isso, às vezes, muito.Ela é cheia de sentimentos, parece que suas experiências se manifestam é no dorso do seu colo, e quase sempre, de vez em quando, tudo isso pesa. Mas não tem modo, não existe maneira que a faça ser diferente. E ainda, graças a Deus, ela é diferente.


|Lispector

domingo, 27 de março de 2011

Sempre penso em você..

domingo, 27 de março de 2011


Tenho trabalhado tanto, mas penso sempre em você. Mais de tardezinha que de manhã, mais naqueles dias que parecem poeira assentada aos poucos, e com mais força enquanto a noite avança. Não são pensamentos escuros, embora noturnos. Tão transparentes que até parecem de vidro, vidro tão fino que, quando penso mais forte, parece que vai ficar assim clack! e quebrar em cacos, o pensamento que penso de você. Se não dormisse cedo nem estivesse quase sempre cansado, acho que esses pensamentos quase doeriam e fariam clack! de madrugada e eu me veria catando cacos de vidro entre os lençóis. Brilham, na palma da minha mão. Num deles, tem uma borboleta de asa rasgada. Noutro, um barco confundido com a linha do horizonte, onde também tem uma ilha. Não, não: acho que a ilha mora num caquinho só dela. Noutro, um punhal de jade. Coisas assim, algumas ferem, mesmo essas são sempre bonitas. Parecem filme, livro, quadro. Não doem porque não ameaçam. Nada que eu penso de você ameaça. Durmo cedo, nunca quebra.

Daí penso coisas bobas quando, sentado na janela do ônibus, depois de trabalhar o dia inteiro, encosto a cabeça na vidraça, deixo a paisagem correr, e penso demais em você. Quando não encontro lugar para sentar, o que é mais freqüente, e me deixava irritado, agora não, descobri um jeito engraçado de, mesmo assim, continuar pensando em você. Me seguro naquela barra de ferro, olho através das janelas que, nessa posição, só deixam ver metade do corpo das pessoas pelas calçadas, e procuro nos pés delas aqueles que poderiam ser os seus. (A teus pés, lembro.) E fico tão embalado que chego a me curvar, certo que são mesmo os seus pés parados em alguma parada, alguma esquina. Nunca vejo você — seria, seriam?

Boas e bobas, são as coisas todas que penso quando penso em você. Assim: de repente ao dobrar uma esquina dou de cara com você que me prega um susto de mentirinha como aqueles que as crianças pregam uma nas outras. Finjo que me assusto, você me abraça e vamos tomar um sorvete, suco de abacaxi com hortelã ou comer salada de frutas em qualquer lugar. Assim: estou pensando em você e o telefone toca e corta meu pensamento e do outro lado do fio você me diz: estou pensando tanto em você. Digo eu também, mas não sei o que falamos em seguida porque ficamos meio encabulados, a gente tem muito poder de parecer ridículos melosos piegas bregas românticos pueris banais. Mas no que eu penso, penso também que somos mesmo meio tudo isso, não tem jeito, e tudo que vamos dizendo, quando falamos no meu pensamento, é frágil como a voz de Olivia Byington cantando Villa-Lobos, mais perto de Mozart que de Wagner, mais Chagal que Van Gogh, mais Jarmush que Wim Wenders, mais Cecília Meireles que Nélson Rodrigues.

Tenho trabalhado tanto, por isso mesmo talvez ando pensando assim em você. Brotam espaços azuis quando penso. No meu pensamento, você nunca me critica por eu ser um pouco tolo, meio melodramático, e penso então tule nuvem castelo seda perfume brisa turquesa vime. E deito a cabeça no seu colo ou você deita a cabeça no meu, tanto faz, e ficamos tanto tempo assim que a terra treme e vulcões explodem e pestes se alastram e nós nem percebemos, no umbigo do universo. Você toca na minha mão, eu toco na sua.

Demora tanto que só depois de passarem três mil dias consigo olhar bem dentro dos seus olhos e é então feito mergulhar numas águas verdes tão Cristalinas que têm algas na superfície ressaltadas Contra a areia branca do fundo. Aqualouco, encontro pérolas. Sei que é meio idiota, mas gosto de pensar desse jeito, e se estou em pé no ônibus solto um pouco as mãos daquela barra de ferro para meu corpo balançar como se estivesse a bordo de um navio ou de você. Fecho os olhos, faz tanto bem, você não sabe. Suspiro tanto quando penso em você, chorar só choro às vezes, e é tão freqüente. Caminho mais devagar, certo que na próxima esquina, quem sabe. Não tenho tido muito tempo ultimamente mas penso tanto em você que na hora de dormir vezenquando até sorrio e fico passando a ponta do meu dedo no lóbulo da sua orelha e repito repito em voz baixa te amo tanto dorme com os anjos. Mas depois sou eu quem dorme e sonha, sonho com os anjos. Nuvens, espaços azuis, pérolas no fundo do mar. Clack! como se fosse verdade, um beijo.

Gosto...



"Gosto de olhar as pedras e os desenhos do vento na superficie da água, gosto de sentir as modificações da luz quando o sol está desaparecendo do outro lado do rio, gosto de sentir o dia se transformando em noite e em dia outra vez, gosto de olhar as crianças brincando no corredor de entrada e das palmeiras que existem no meio da minha rua — gosto de pensar que vou sempre ter olhos para gostar dessas coisas, e por mais sozinho ou triste que eu esteja vou ter sempre esse olhar sobre as coisas."


Minha alma alcança!



Os limites do mundo os meus pés não ultrapassam, mas o que de mais alto existe, minha alma alcança...



|Pe. Fábio de Melo

quarta-feira, 9 de março de 2011

Mais coragem na vida!

quarta-feira, 9 de março de 2011

Eu não gosto de abandono, por isso acolho. Por isso recolho e não costuro sorriso porque chorar é preciso. Porque não importa se o desenho é feio. Ou se a ferida é doída. Ou o dedo do meio foi pra mim. Eu contorno e de um jeito ou de outro, sempre tenho uma cor pra mudar a história. E na vida, a gente aprende que quanto mais a nuvem pesa e se enche de cinza, mais forte vem a chuva. Ou o choro. Sorte é ter um coração cheio de pancadas, metido em tempestades e sujeito a trovoadas. Esses sim são corações maduros de forte. Não de vez. Tenho um coração de todas as cores. Que amanhece azul e adormece vermelho ou bege ou rosa ou verde ou roxo ou...qualquer cor serve, porque quanto mais cor no coração, aprenda: MAIS CORAGEM na vida.

Invente-as!






Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as.

| Clarice Lispector

O tempo ensina, mas não cura.



Você pode ir embora e nunca mais ser a mesma. Você pode voltar e nada ser como antes. Você pode até ficar, pra que nada mude, mas aí é você que não vai se conformar com isso. Você pode sofrer por perder alguém. Você pode até lembrar com carinho ou orgulho de algum momento importante na sua vida: formatura, casamento, aprovação no vestibular ou a festa mais linda que já tenha ido, mas o que vai te fazer falta mesmo, o que vai doer bem fundo, é a saudade dos momentos simples: Da sua mãe te chamando pra acordar, do seu pai te levando pela mão, dos desenhos animados com seu irmão, do caminho pra casa com os amigos e a diversão natural. Do cheiro que você sentia naquele abraço, da hora certinha em que ele sempre aparecia pra te ver, e como ele te olhava com aquela cara de coitado pra te derreter. De qualquer forma, não esqueça das seguintes verdades: Não faça nada que não te deixe em paz consigo mesma; Cuidado com o que anda desabafando; Conte até três (tá certo, se precisar, conte mais); Antes só do que muito acompanhado; Esperar não significa inércia, muito menos desinteresse; Renunciar não quer dizer que não ame; Abrir mão não quer dizer que não queira; O tempo ensina, mas não cura.


|Martha Medeiros

Crie novas asas e voe!




Quando nada mais lhe parecer valer a pena, aproveita as penas para criar novas asas e voe.

| Ana Jácomo

sexta-feira, 4 de março de 2011

sexta-feira, 4 de março de 2011





"Nas mulheres tudo é coração, até a cabeça."

| Jean Paul Richter

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

(...)

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011


Maravilhas nunca faltaram ao mundo;
o que sempre falta é a capacidade de senti-las e admirá-las.


Quero que você venha outras vezes...



Olha, eu estou te escrevendo só pra dizer que se você tivesse telefonado hoje eu ia dizer tanta, mas tanta coisa. Talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo o meu processo mental (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engraçado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir. Eu não achei que ia conseguir dizer, quero dizer, dizer tudo aquilo que escondo desde a primeira vez que vi você, não me lembro quando, não me lembro onde. Hoje havia calma, entende? Eu acho que as coisas que ficam fora da gente, essas coisas como o tempo e o lugar, essas coisas influem muito no que a gente vai dizer, entende? Pois por fora, hoje, havia chuva e um pouco de frio: essa chuva e esse frio parecem que empurram a gente mais pra dentro da gente mesmo, então as pessoas ficam mais lentas, mais verdadeiras, mais bonitas. Hoje eu estava assim: mais lento, mais verdadeiro, mais bonito até. Hoje eu diria qualquer coisa se você telefonasse. Por dentro também eu estava preparado para dizer, um pouco porque eu não agüento mais ficar esperando toda hora você telefonar ou aparecer, e quando você telefona ou aparece com aquelas maçãs eu preciso me cuidar para não assustar você e quando você me pergunta como estou, mordo devagar uma das maçãs que você me traz e cuido meus olhos para não me traírem e não te assustarem e não ficarem querendo entrar demais dentro dos teus olhos, então eu cuido devagar tudo o que digo e todo movimento, porque eu quero que você venha outras vezes. (...)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Wake

sábado, 26 de fevereiro de 2011
(...)

Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais..

| Paulo Coelho

Sempre pedi: amor.




Sempre acreditei que toda vez que a gente entra numa igreja pela primeira vez, vê uma estrela cadente ou amarra no pulso uma fitinha de Nosso Senhor do Bonfim, pode fazer um pedido. Ou três. Sempre faço. Quando são três, em geral, esqueço dois. Um nunca esqueci. Um sempre pedi: amor.


| Caio

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Tudo fica mais bonito..

domingo, 13 de fevereiro de 2011


Olha, sabe duma coisa que eu aprendi? O segredo do belo está aqui, oh. Na sua cuca, no seu olho que realmente vê, dentro de você. Se você souber olhar as coisas dum jeito mágico, tudo fica mais bonito.


|Caio

...


Ando com uma vontade tão grande de receber todos os afetos, todos os carinhos, todas as atenções. Quero colo, quero beijo, quero cafuné, abraço apertado, mensagem na madrugada, quero flores, quero doces, quero música, vento, cheiros, quero parar de me doar e começar a receber. Sabe, eu acho que não sei fechar ciclos, colocar pontos finais. Comigo são sempre vírgulas, aspas, reticências. Eu vou gostando, eu vou cuidando, eu vou desculpando, eu vou superando, eu vou compreendendo, eu vou relevando, eu vou… e continuo indo, assim, desse jeito, sem virar páginas, sem colocar pontos. E vou dando muito de mim, e aceitando o pouquinho que os outros tem para me dar.


|Caio

A verdade..



A verdade é que ainda hesito em dar um nome àquilo que ficou, depois de tudo. Porque alguma coisa ficou. E foi essa coisa que me levou há pouco até a janela onde percebi que chovia e, difusamente, através das gotas de chuva, fiquei vendo uma roda-gigante. Absurdamente. Uma roda-gigante. Porque não se vive mais em lugares onde existam rodas-gigantes. Porque também as rodas-gigantes talvez nem existam mais.



|Caio F.

Let it be!


Sabe, para mim a vida é um punhado de lantejoula e purpurina que o vento sopra. Daqui a pouco tudo vai ser passado mesmo – deixe o vento soprar, let it be, fique pelo menos com o gostinho de ter brilhado um pouco...



|Caio F.

sábado, 22 de janeiro de 2011

... Sobre mim

sábado, 22 de janeiro de 2011
Não tenho muito costume de fazer isso aqui, mas para tudo há uma primeira vez!
Fui indicada pela querida Lys Fernanda para responder um questionário sobre mim.. então, vou tentar! :D



• Descrição •
Nome: Clarissa Rodrigues Guerra de Medeiros
Idade: 19 anos.
Aniversário: 31/05.
Emprego: Sim.
Estado Civil: Namorando.
Onde vive (casa ou apartamento): Casa.
Irmãos: Um.
Animais: Não.
Fuma: Não.
Bebe: Sim, e muito.

• Aparência •
Piercings: Sim, na orelha.
Tatuagens: Sim. Ramos de Videira ( flores ) no pé e estrelas, abaixo da barriga.
Aparelho nos dentes: Sim, ainda. ¬¬
Roupas: Shorts jeans rasgados, blusa regata, e um salto mega alto.
Cor dos olhos: Castanho escuro.
Cor do Cabelo: Loiro.

• Favoritos •
Cor: Vermelho.
Número: 4.
Animal: Gosto de cachorros, mas não tenho nenhum.
Flor: Rosas Vermelhas.
Comida: Massas. *-*
Sabor de Sorvete: O bom, velho e tradicional chocolate. Hmm!
Doce: Leite.
Bebida Alcoólica: Vodka, Vinho, Gin, Cerveja, Cachaça... só não Whisky, por favor.
Tipo de música: T-U-D-O. Amo música e não faço distinção.
Banda/artista: System of a Down.
Música: Same Mistake, James Blunt.
Livro: Definitivamente, A Cabana de William P. Young.
Filme: Harry Potter, eternamente! E Quase Deuses, com Alan Rickman e Mos Def.
Programa de TV: Dr. House e Todo Mundo Odeia o Chris :)
Melhor amigo: (...)
Dia da Semana: O dia das minhas folgas! :D
Esporte: Voleibol.

• Vida Amorosa •
Nome da Pessoa Amada: Elton Soares de Pontes.
Estão juntos há quanto tempo: 2 anos e 2 meses.
E de casados, há quanto tempo: (...)
Local em que se conheceram: Numa danceteria! KKKKK
Foi amor à primeira vista?: Quuuase isso.
Quem deu o primeiro passo?: Eu, óbvio. Ele é podre de tímido.
Já te deu flores?: Sim! Mandou pro meu trabalho.
A coisa mais doce que ela te deu?: Um ovo da Cacau Show! HSUIAHSIA'
Um sonho de vocês dois?: Viajar muito.
Uma curiosidade do casal? : Ér, deixa essa pra lá!
Quem tem mais ciúme?: Insuportavelmente, ele.
Ela se dá bem com a sua família?: Sim, hoje sim.
E você com a dela?: Sim.

• Outros •
Sabe dirigir?: Sim.
Tem carro/ moto?: Ainda não.
Fala outra língua?: Não, arranho em espanhol e inglês.. arranho!
Coleciona algo?: Muitas Puccas, canetas e cadernos.
Fala sozinha?: SEMPRE.
Se arrepende de alguma coisa?: De jeito nenhum! Tudo o que eu fiz na minha vida até agora foi válido o bastante para não haver arrependimento. Nem das coisas "erradas" eu me arrependo, aprendi muito com elas.
Religião: Espírita.
Confia nas pessoas facilmente?: Sim. Típico do meu signo, falar demais sem ver quem tá escutando. Mas já aprendi muiiito com isso, hoje em dia estou mais reservada.
Perdoa facilmente?: Sim, nunca guardo rancores. Mas o orgulho não deixa eu dizer que perdoei.
Se dá bem com os teus pais?: Sim, com o passar dos anos e da adolescência a relação com ambos ficou quase 100%.
Desejo antes de morrer: Viajar muito.
Maior medo: Perder meus pais.
Maior fraqueza: Não sei.. Me acho muito forte.
Toca algum instrumento?: Não.. Mas sou admiradora da bateria.

• Alguma vez... •
Escreveu alguma poesia?: Váááárias.
Cantou em público?: Sim! Em um bar! Eu e uma amiga.. cantamos Cássia Eller, e por azar, no dia de sua morte.
Fez alguma performance em palco?: Sim, no teatro.. recitei uma poesia junto com mais dois amigos.
Andou de Patins?: Nunca aprendi.
Teve alguma experiência que quase morreu?: Sim. Tive uma bactéria fortíssima na garganta e levei uma queda de moto. :D
Sorriu sem razão?: Sim, sempre.
Riu tanto que chorou?: Com as pessoas que me rodeiam, sim, SEMPRE.
Como você está se sentindo hoje?: Cansada, cheguei quase agora do trabalho.. mas satisfeita.
O que te faz feliz?: Escrever, Ler um bom livro com barulho de chuva lá fora, Cantar no espelho, sorrir... é muita coisa!
Com que roupa está agora?: Um bom e veeeelho pijamão de dormir.
Cabelo?: Preso.
Brincos? Só o piercing.
Algo que você faça muito?: Leio, ouço música e mexo muito no cabelo. rs
Conhece alguém que faça aniversário no mesmo dia que você?: Sim, mas já faleceu.
Está confortável com o teu peso?: Never! Amanhã cedo tem academia!

• Acabe a frase •
Gostaria de ser... feliz.
Eu desejo... felicidade.
Muitas pessoas não sabem... quem eu sou. E isso não me importa nem um pouco.
Eu sou... simples.
O meu coração é... aberto, alegre.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

É tão lindo caminhar aqui...

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011


É tão lindo simplesmente caminhar aqui, há pouco fui ao super, que no Brasil seria um martírio, e para chegar lá é preciso passar por uma alameda de cerejeiras floridas de pelo menos 50 metros.
Tudo rosa-pink, bem naquele tom-Barbie que você odeia.
É possível ser infeliz sob uma alameda pink?



|Caio F,

domingo, 16 de janeiro de 2011

Eu valho o que eu sou.

domingo, 16 de janeiro de 2011

"Eu gostaria de ir embora para uma cidade qualquer, bem longe daqui, onde ninguém me conhecesse, onde não me tratassem com consideração apenas por eu ser “o filha de fulano” ou “o neta de beltrano”. Onde eu pudesse experimentar por mim mesma as minhas asas para descobrir, enfim, se elas são realmente fortes como imagino. E se não forem, mesmo que quebrassem ao primeiro vôo, mesmo que após um certo tempo eu voltasse derrotada, ferida, humilhada - mesmo assim restaria o consolo de ter descoberto que valho o que sou."



|Caio F,

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

São Jorge ♥

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011


Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.

Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos.

Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.
São Jorge Rogai por Nós.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

(...)

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

E tô achando bom, tô repetindo que bom, Deus, que sou capaz de estar vivo sem vampirizar ninguém, que bom que sou forte, que bom que suporto, que bom que sou criativa e até me divirto e descubro a gota de mel no meio do fel. Colei aquele “Eu Amo Você” no espelho. É pra mim mesmo.


•••



Dá vontade de mandar meia dúzia de gente tomar no * e correr pra casa chorando, se trancar no quarto pra tomar um toddy e jogar playstation até ficar vesga. Isso de escolher qual cara eu vou vestir hoje fode com tudo. Sempre. É, eu confesso que não é exatamente a realidade que eu esperava encontrar. Talvez isso mude. Talvez você entre na minha vida sem tocar a campainha e me sequestre de uma vez. Talvez você pule esses três ou quatro muros que nos separam e segure a minha mão, assim, ofegante, pra nunca mais soltar. Talvez você ainda possa pular no rio e me salvar. Ou talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor. Porque no fundo eu sei que a realidade que eu sonhava afundou num copo de cachaça e virou utopia.


Estou bem assim..


E embora a rua esteja deserta, não me sinto só aqui neste degrau, nesta tarde.
Nas noites quentes desses dias quentes, costumo ter outra visão. Já não estou no degrau, mas atrás daquela mesma porta, dentro da casa. Talvez tenham se passado anos, talvez seja apenas a noite daquele mesmo dia. Não há luz. O piso é muito frio. Imagino que seja um quarto, há mosquiteiros suspensos no teto. Não tenho certeza se são mosquiteiros porque não me movimento. Penso também que podem ser teias de aranha, mas prefiro não estender a mão e tocá-los – os tules,as teias – para certificar-me. Prefiro não me certificar de nada. Através de alguma persiana aberta entra no quarto um fino frio de luz azulada. Há vozes lá fora. Imagino que existam pessoas sentadas em frente à casa, na noite quente de verão. De vez em quando, suponho, cai alguma estrela. Estou bem assim, tão bem quanto no degrau.


| Caio F. Abreu
[Morangos Mofados, Luz e Sombra]

Tolerante com as diferenças..



"Eu poderia ter o mesmo pai, a mesma mãe, ter frequentado o mesmo colégio e tido os mesmos professores, e seria uma pessoa completamente diferente do que sou se não tivesse lido o que eu li. Foram os livros que me deram consciência da amplitude dos sentimentos. Foram os livros que me justificaram como ser humano. Foram os livros que destruíram um a um meus preconceitos. Foram os livros que me deram vontade de viajar. Foram os livros que me tornaram mais tolerante com as diferenças."


| Martha Medeiros




... que seja doce³

Meu ♥



Na terra do passei o dia pensando - coração meu, meu coração. Pensei e pensei tanto que deixou de significar uma forma, um órgão, uma coisa. Ficou só com-cor, ação - repetido, invertido - ação, cor - sem sentido - couro, ação e não. Quis vê-lo, escapava. Batia e rebatia, escondido no peito. Então fechei os olhos, viajei. E como quem gira um caleidoscópio, vi: Meu coração é um sapo rajado, viscoso e cansado, à espera do beijo prometido capaz de transformá-lo em príncipe.

(...)

Meu coração é um álbum de retratos tão antigos que suas faces mal se adivinham. Roídas de traça, amareladas de tempo, faces desfeitas, imóveis, cristalizadas em poses rígidas para o fotógrafo invisível. Este apertava os olhos quando sorria. Aquela tinha um jeito peculiar de inclinar a cabeça. Eu viro as folhas, o pó resta nos dedos, o vento sopra.

(...)

Meu coração é um mendigo mais faminto da rua mais miserável. Meu coração é um ideograma desenhado a tinta lavável em papel de seda onde caiu uma gota d’água. Olhado assim, de cima, pode ser Wu Wang, a Inocência. Mas tão manchado que talvez seja Ming I, o Obscurecimento da Luz. Ou qualquer um, ou qualquer outro: indecifrável.